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Denise Alves-Rodrigues

Itaporã, 1981

Vive e trabalha em

São Paulo

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Denise Alves-Rodrigues (1981, Itaporã, Mato Grosso do Sul, Brasil) cresceu em Araçatuba, São Paulo até se mudar para a cidade de São Paulo onde se licenciou em Artes Visuais, com especialização em Escultura, no Centro Universitário Belas Artes. Peculiar no seu percurso académico, Denise frequentou depois cursos de Física de Cometas, Astronomia Esférica, Sistema Terra Lua, Reconhecimento do Céu, Teoria de Eclipses e Escrita Criativa. Atualmente baseada em São Paulo, a artista integra grupos de estudo do feminismo e astronomia e é representada pela Galeria Sé, São Paulo. Hoje vive e desenvolve o seu projecto artístico em
residência artística, no âmbito do projeto Ybytu.


Denise Alves-Rodrigues alia a sua forte base teórica nas áreas de astronomia e tecnologia à sua prática artística, resultando num corpo de trabalho de contornos semi-científicos e profundamente intuitivos. Altamente apreciada a nível estético e artístico, a pesquisa artística de Denise coincide com a sua obra num todo supreendentemente racional. Reflecte acerca do que poderão ser os fundamentos para a criação de conhecimento de factos, evidências científicas, apresentando uma abordagem poética sobre a epistemologia. Como é que encontramos verdades na Natureza e em nós fugindo aos métodos estabelecidos por outros é uma preocupação de enorme relevância nos dias de hoje, o que eleva o projeto artístico de Denise Alves-Rodrigues. Magia, bruxaria, erros e constelações na cultura ocidental geral não são sinónimos do saber mas, no universo da artista, estes são elementos chave da nossa existência e dão-nos ferramentas que tornam visível muito mais do que a ciência nos mostra ou, pelo menos, coisas diferentes das que a ciência nos mostra.


Na residência Ybytu, a experimentação caseira com engenhos mecânicos, circuitos eléctricos, testes com electromagnetismo, ou electro-xamanismo já existente no seu trabalho é agora apurada e concretizada sob o airbag teórico do físico e químico inglês, Michael Faraday (Newington, Surrey, 1791 — Hampton Court, 1867). A Gaiola de Faraday, um objeto criado por este cientista criador da teoria do electromagnetismo, serve para demonstrar cientificamente que uma superfície, quando se torna condutora de eletricidade, mantém no seu interior um campo electro-magnético nulo, deixando a corrente elétrica apenas nas extremidades. No
seguimento desta teoria, Denise Alves-Rodrigues de momento investiga as possibilidades de adaptação deste objeto para o seu projeto artístico. Procura então criar um fato para ser vestido por pessoas que, tal como a gaiola, mantenha a pessoa no interior nula, não electrificada, mas que, de algum modo, produza energia, possibilitando uma espécie de alienação e imunidade para o indivíduo.

 

A artista participou em diversas exposições em espaços e instituições culturais, sendo as suas exposições mais recentes: Tavessias Ocultas, com curadoria de Beatriz Lemos , no SESC Bom Retiro, São Paulo (colectiva, 2018); TRELA #3, com curadoria de Flora Leite, no Ateliê 397, São Paulo (solo, 2018); Ocupação G.A.I., na Red Bull Station, São Paulo (colectiva, 2018); Iminência de Tragédia, com curadoria de Fabrícia Jordão e Talita Trizoli na Funarte, São Paulo (colectiva, 2018); Comuna Intergalática, com curadoria de Fabiane Borges e Eduardo Duwe no E.M.A., São Paulo (colectiva, 2018); Vocação Para a Ruína, Prova de Estudo, IFAC Arts, Londres (solo, 2019); masc | mask | masque, IFAC Arts (solo, 2020).

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